Discípulos para a maturidade
Minha filha, Ava, sempre amou tartarugas. Ela fez um ótimo trabalho ao criar uma tartaruga bebê do tamanho de uma moeda grande até a fase adulta. Ela a chama de Hércules, que agora é tão grande quanto uma bola de tênis. Juntos, começamos a pesquisar tartarugas marinhas. Assistimos documentários e relatos dessa bela criatura do oceano. Uma história incrível foi compartilhada por um desses documentários sobre uma tartaruga que foi encontrada na China e viveu cerca de quatrocentos anos. Isso é que é viver um bocado da história do mundo.
As tartarugas marinhas podem crescer até cinco pés de comprimento e as tartarugas marinhas adultas podem pesar até 1500 libras! A tartaruga marinha fêmea põe ovos cerca de cinco vezes por ano. Ela vai para a praia e cava um buraco e deixa mais ou menos de cento a cento e cinquenta ovos. Ela os enterra e os deixa eclodirem por conta própria por volta de seis semanas. Todos esses filhotes minúsculos começam a eclodir ao mesmo tempo, escavam a areia e fazem uma corrida louca para o oceano. Por terem apenas cinco centímetros de comprimento, são um lanche atraente para os caranguejos, os pássaros, os lagartos e muitos tipos de peixes. Se você já viu um vídeo sobre isso, pode parecer uma cena de assassinato e morte, enquanto esses bebês em massa se dirigem para o oceano em busca da sobrevivência enquanto os predadores ficam à espreita, devorando o máximo que podem.
É uma luta bastante árdua a cada nascimento que essas pequenas tartarugas enfrentam na esperança de sobreviverem. Alguns estimam que apenas uma em cada mil sobreviva até a idade adulta. Isso significa que, com dez fêmeas botando uma quantidade média de ovos, apenas uma tartaruga marinha sobreviverá até a maturidade. Alguns dizem que o número real de sobreviventes é superior a um em dez mil filhotes. Isso significa que menos de um por cento dos bebês nascidos vivam até adquirirem a maturidade. Essa é a sobrevivência da incrível tartaruga marinha na vida selvagem do oceano.
Infelizmente, a taxa de sobrevivência de muitas pessoas que entregam ao Senhor os seus corações não é muito diferente. Estatisticamente, eu ouvi que o número de pessoas que continuam na igreja depois de pedirem para Jesus entrar em seus corações por meio do Ministério de rua, evangelismo de porta em porta, ou de grandes cruzadas, é de apenas cerca de quatro a seis por cento. Os números são significativamente mais altos quando o indivíduo está pessoalmente conectado a alguém que o leva a Jesus.
Sei que o desejo da Igreja está correto em buscar trazer o maior número possível de pessoas a Cristo. Sabemos que o coração de Deus é para que cada pessoa encontre a salvação antes de deixar esta terra.
Em 1 Timóteo 2: 3-4 lemos: “Porque isto é bom e agradável aos olhos de Deus nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.”
Cientes disso, nós encorajamos muitos crentes a apresentarem e compartilharem o Evangelho de todas as maneiras possíveis. No geral, temos conseguido espalhar as Boas Novas para muitas pessoas ao redor do mundo. A triste estatística é que a maioria daqueles que aceitam a Cristo, nessas formas de evangelismo, acabam parando em algum lugar ao longo do caminho. E como os bebês tartarugas, eles são devorados por muitos inimigos que estão lá fora, na vida selvagem deste mundo. Eles são crianças que nunca crescem até atingirem a maturidade, e a culpa é da Igreja.
Nosso foco em ir e salvar o mundo é apenas metade da mensagem do Evangelho. Lemos em Mateus 28: 18-20: “E Jesus veio e falou-lhes, dizendo : “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar todas as coisas que vos ordenei; e eis que estarei convosco até o fim dos tempos. ”
Jesus disse para irmos e fazermos discípulos, ensinando-os a observar todas as coisas. Seu método para conquistar o mundo não era apenas dar à luz a novos filhos para o Reino, mas cuidar e protegê-los, ensinando-os e continuando a andar com eles, até que soubessem quem realmente se tornaram em Cristo. Sinto que nos dias atuais, isso está perdido, em grande parte do mundo da nossa igreja. Quando o nosso foco é apenas fazer com que o maior número possível de pessoas sejam salvas, acabamos perdendo a maioria delas, que retornam para o mundo. A minha oração é que tanto quanto possível, ainda cheguem ao céu. Por mais que o Pai deseje o céu para todos, o Devorador, nosso inimigo, deseja o contrário.
Fiquei impressionado quando um ministro, que conheço, se gabou de ter pessoalmente visto mais de vinte mil pessoas serem salvas em seu ministério como evangelista de rua. Fiquei igualmente chocado quando ele contou que nem mesmo reservou um tempo para compartilhar a mensagem completa da salvação com elas. Ele fazia as pessoas simplesmente dizerem uma oração, enquanto repetiam as palavras que ele falava, e ele considerava isso uma salvação. Eu disse a mim mesmo: “eles precisam primeiro acreditar em seus corações, antes de confessarem a respeito da salvação”. ( Romanos 10:9-10)
O mundo está repleto de muitas pessoas destroçadas, atacadas pelo inimigo, porque foram deixadas de fora e não protegidas pelo discipulado e ensino. Eles não vão amadurecer em seu chamado e não irão ocupar o seu lugar no Corpo de Cristo.
Vamos orar por eles e acreditar num reavivamento de vida e verdade em seus corações. Estou acreditando que muitas pessoas novas nascerão de novo e que muitos desses bebês abandonados serão resgatados e a esperança colocada de volta em seus corações.
Seu amigo,
Alan Taylor