Caminhando em meio a perseguição

Só existe um caminho para o Céu e apenas um caminho para o Pai, que é por meio da salvação em Jesus Cristo. Essa é uma mensagem simples que podemos entender, mas nem sempre foi dessa maneira. Antes de Jesus nascer em Belém, Deus havia estabelecido um caminho para conhecê-lo, mas era apenas para o povo judeu e não para o resto do mundo. Deus precisava da ajuda deles para trazer Jesus ao mundo, e dessa maneira Ele pudesse glorificar o Salvador. Foi dessa maneira que Deus criou um caminho para que todo aquele que cresse em Jesus como seu Salvador nascesse de novo e  entrasse para a Família Dele e pudesse chama-lo de Pai. Uma aliança fora criada entre o povo judeu e Deus Pai. Chamamos isso de Antigo Testamento, e ele existiu apenas durante um período de tempo, para conduzir Jesus legalmente a esse mundo e torná-lo o Cordeiro de Deus.

Uma vez que Jesus fora glorificado, a Antiga Aliança não era mais necessária e, assim, ninguém mais teria acesso ao Pai por meio dela.  

Podemos ler em Hebreus 8:13: “Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer ”.   Uma vez que Jesus fora glorificado, o único propósito da Antiga Aliança estava completo e se tornou obsoleto. Ela cumpriu o seu propósito e agora não é mais útil. Isso não significa que o Antigo Testamento não seja poderoso ou não seja a Palavra de Deus, mas apenas que não é mais um caminho para Deus.

Há um Novo caminho, e é o Único caminho para Deus, que é a salvação por meio de Jesus. Deus Pai criou uma Nova Aliança entre Ele e Jesus, que foi selada de uma vez por todas pelo sangue do Cordeiro de Deus. Não temos uma aliança com Deus, mas nascemos em Sua Família por causa dessa Aliança feita entre Jesus e Deus. Agora todas essas informações são bastante comuns para nós, mas para os novos convertidos , que antes haviam encontrado a salvação no Judaísmo, era difícil de entender. Eles nasceram em uma cultura religiosa onde foram ensinados a andar com Deus sob uma aliança que os tornava especiais e únicos para o resto do mundo, geração após geração.

De repente tudo havia se tornado inútil, todo o relacionamento que eles haviam estabelecidos por meio da antiga aliança havia se tornado obsoleto, porque o propósito e o objetivo de trazer um salvador foram completados em Cristo. Os hebreus estavam divididos entre o caminho em que foram criados e este Novo e Vivo Caminho através de Jesus, estabelecido unicamente no Novo Testamento.

Tornou-se especialmente difícil quando a perseguição se tornou parte das consequências de seguir unicamente a Jesus. A cultura judaica ao redor deles resistiu a Jesus, como sendo o Salvador, e veio contra qualquer tipo de cristianismo.

Antes de ser salvo e ser chamado de apóstolo Paulo, Saulo de Tarso aprovou o apedrejamento de Estêvão por causa de sua fé. Podemos ler em Atos 8: 1-3:  “E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere”.

A família se voltava uns contra os outros em nome de Deus, com os pais renegando a seus filhos por estarem se convertendo a Cristo. A certa altura, o governo até começou a prender os cristãos em suas casas e a usá-los como entretenimento, jogando-os em arenas e eles eram dados como comida aos leões. Toda essa tortura e tormento por seguir a Jesus e por abandonar a tradição do Judaísmo, estava indo contra a igreja primitiva, exercendo pressão. O cristianismo estava sendo banido, mas os antigos templos judeus ainda estavam abertos e eram permitidos.

Para os hebreus convertidos, estava sendo apresentada uma opção em que eles poderiam ter Deus sem as perseguições. Eles poderiam voltar ao modo como cresceram quando crianças, restabelecer um relacionamento com o Pai e, instantaneamente, o problema pararia. Tudo o que precisavam fazer era retornar ao templo e renunciar a Cristo, e seriam abraçados mais uma vez por todos ao seu redor. Isso seria um pecado, pois eles estariam voltando para a velha aliança. E tentar encontrar um relacionamento com Deus por meio de um velho caminho, que não existia mais é o pecado descrito em Hebreus 10: 26-31:  “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas uma horrível expectativa de juízo e fogo ardente prestes a consumir todos os inimigos de Deus. Ora, se aqueles que rejeitam a Lei de Moisés morrem sem misericórdia, mediante a palavra de acusação de duas ou três testemunhas, julgai vós, quanto maior castigo merecerá quem feriu os pés do Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual Ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça? Porquanto, nós conhecemos aquele que declarou: “A mim pertence a vingança!”, e em outro trecho: “O Senhor exercerá juízo sobre seu povo”. Assim, terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo! ”

O escritor de Hebreus estava tentando resgatar este grupo de crentes que estavam sendo perseguidos e coagidos a voltarem a ter um relacionamento com Deus por meio da velha aliança, que não os levaria ao Céu. Só existe um caminho para o Pai, que é pela salvação por meio de Jesus Cristo. É impossível encontrar o Céu de outra maneira.

Em nossa vida, podemos enfrentar testes e provações, visto que muitos cristãos ao redor do mundo são martirizados por sua fé até hoje. No entanto, nossa escolha é sempre a mesma. Jesus é tudo o que temos e de que precisamos em todas as situações, porque temos a força para permanecermos firmes em Sua verdade, em tudo o que estivermos passando.

 Seu amigo,

                                 Alan Taylor